Tendências E.L. 2021 — #01 — Streaming e entrega de conteúdo multiplataforma
O ano virou e com ele as expectativas e projeções também se renovaram, ainda que ano passado tenha sido bastante atípico e diferente de qualquer outro ano no geral, e na parte esportiva não foi diferente, vamos tentar identificar e apontar nos próximos dias algumas tendências pra esse ano que já começa desafiador e singular.
2020 representou pras entidades e modalidades esportivas um enorme desafio, com a pandemia e o consequente distanciamento físico dos fãs e a paralisação das competições, os stakeholders do mercado esportivo tiveram de se mexer e buscar se conectar de outras formas e também buscar outras formas de monetizar seus produtos e serviços, afinal quase tudo parou por um bom tempo e as receitas também sofreram uma queda brusca.
Com o retorno de diversas competições e atividades esportivas porém com restrições, temos em 2021 uma tendência ao nosso mercado de marketing e gestão esportiva se aquecer ainda mais e buscar novas formas de se conectar e de monetizar, ou validar as que já estava experimentando durante os últimos meses, afinal o mercado já vinha evoluindo paulatinamente porém se percebeu ainda mais forte a importância das funções desempenhadas pela comunicação/marketing/gestão/comercial ainda mais num momento em que as receitas congelaram ou reduziram e tudo o que restou foram as reprises e a criatividade dos departamentos de cada clube, entidade, organização ou marca.
Lembrando que não estamos trazendo verdades absolutas, apenas nossa opinião sobre esse futuro próximo da indústria esportiva dentro do âmbito do marketing. Vamos a primeira das tendências do mercado esportivo pra 2021:
Streaming e entrega de conteúdo multiplataforma
Se antes o Streaming já vinha em uma crescente, galgando cada vez mais espaço e se consolidando enquanto formato e mídia no meio esportivo, temos neste ano uma virada de chave para o setor, com o público já se acostumando a assistir dessa forma, competições e emissoras também já entendendo a relevância e adotando os mais diversos modelos de transmissão e investindo na qualidade da mesma, desde o PPV até o sinal aberto no Facebook, por exemplo. Vemos emissoras esportivas nativas digitais como TVN Sports, MyCujoo, DAZN e até o Youtube e outras que nasceram na tv aberta/paga mas que entenderam a necessidade de estar presente também no streaming, coexistindo e investindo cada vez mais no modelo de transmissão, e entendendo que não vai se sobrepor a outros modelos mas ser mais uma alternativa aos fãs. Também temos federações e competições lançando ou mantendo seus serviços próprios como a Conmebol que lançou recentemente o seu ou a Copa do Nordeste que há alguns anos transmite seus jogos no Live FC e no Youtube, além de clubes que vem lançando seus próprios serviços de streaming, por exemplo, como o Bahia, Ceará, Athletico Paranaense, Sport, dentre outros que viram a necessidade de expandir seus conteúdos para além do trivial. Verdade seja dita tal movimento dos clubes teve bastante influência da nebulosa MP 984, a “Lei do mandante”, que já caducou, mas também motivados pelo afastamento do torcedor dos estádios, por conta da Covid-19, tudo isso somado a uma maior maturidade dos departamentos de marketing e comunicação dos clubes fez com que os clubes buscassem soluções próprias para transmitir partidas de outras modalidades e categorias que disputam, fossem atrás de entregar conteúdo e valor para seu torcedor, além de lucrar e trazer outros conteúdos especiais produzidos para entreter e aproximar o fã dos bastidores do esporte.
Acreditamos na continuidade/expansão desse modelo, mesmo com a eventual volta do público esportivo, é uma tendência que promete mudar a percepção como consumimos esportes, já temos visto diferentes entregas como por exemplo o Athletico e a NBB que já transmitiram partidas na Twitch, ou a NFL que passou um jogo na Nickelodeon recentemente e algumas ligas como a NBA ou LaLiga que tem investido em trazer efeitos visuais, estatísticas dentro do campo/quadra ou diferentes câmeras.
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