Olímpiadas 2024 — Um novo ciclo de oportunidades para o marketing esportivo

Entrelinhas Gestão Esportiva
4 min readAug 16, 2021
Photo by Kyle Dias on Unsplash

Com o encerramento das Olimpíadas de Tóquio 2020 foi dada a largada para iniciarmos mais um ciclo olímpico, agora bem mais curto, daqui a apenas 3 anos, quando estaremos envolvidos no maior evento esportivo do mundo em Paris! E o caminho para os jogos é pautado por muita dedicação e entrega, mas também de busca por investimento e melhoria contínua nos processos que vão levar ao pódio. E onde o marketing esportivo pode agregar? Primeiro devemos observar o mercado e a quantidade de oportunidades que os Jogos Olímpicos nos apresenta após sua realização, queremos te apresentar insights e oportunidades que podem te ajudar a desenvolver projetos que vão agregar ao teu currículo, impulsionar tua carreira no mercado e te fazer ter um olhar 360° sobre o esporte.

Captação de patrocínio: os jogos olímpicos vêm nos provando que o Brasil tem muitos atletas talentosos e o aumento do número de medalhas conquistadas comprovam que o país pode ser cada vez mais competitivo e vencedor, e para isso, é muito importante captar investimento de modo a dar a estrutura e condição necessária para uma evolução do desempenho de nossos atletas.

Podemos observar também o quanto o investimento e incentivo público foi e ainda é a base de receitas para vários atletas. Segundo o site UOL, 80% da delegação do Brasil (242 dos 302 atletas) recebem alguma ajuda de custo do governo federal como o bolsa atleta. Por isso, é necessário apontar para a importância, também, da busca de investimento do setor privado no esporte, junto a criação de projetos de patrocínio que possam apostar e valorizar nos nichos esportivos e criar assim uma relação mais próxima com seus fãs mais ativos.

Conteúdo: Um dos grandes desafios de quem gere os esportes olímpicos e seus atletas é de como manter os fãs que acompanharam e engajaram durante os jogos, presentes, engajados e municiados de informações e sentindo-se mais próximo dos seus ídolos, durante todo o ciclo. Sabemos da grande dificuldade do mercado por conta da falta de um acompanhamento maior da mídia, muitas vezes dependente de uma série de resultados expressivos para ter um espaço maior na mídia aberta.

Portanto, ressaltamos a importância de planejar bem as competições e conteúdo, com o advento e popularização do streaming e das plataformas digitais, as possibilidades de entrega tanto de exposição e ativação de patrocinadores como de informar e noticiar de forma mais direta ao seu público.

Olimpíadas das redes sociais: sem dúvidas as redes sociais potencializaram a forma como os brasileiros acompanharam e consumiram os jogos, a segunda tela movimentou e conectou pessoas comentando (e cornetando) sobre o que aconteceu nessas duas semanas de competição, os memes, informações, torcida e muito mais. Isso tudo é fruto também do afastamento imposto pela pandemia, não permitindo que o público pudesse acompanhar de perto os jogos, mas também do rejuvenescimento dos jogos e sua intenção de buscar públicos mais jovens com a implantação de novos esportes como o skate, surf, escalada e a tendência é aumentar em Paris 2024, por conta do breakdance.

As redes também nos apresentam a força do Storytelling e das histórias de vida que foram compartilhadas pelos atletas e pelos fãs que vão conhecendo e descobrindo mais sobre os atletas. Atletas estes, como a Rayssa Leal, do skate, Rebeca Andrade, da ginástica, Ítalo Ferreira, do surfe, que brilharam nos pódios, com medalhas, e também nas redes sociais, ficando entre os 3 dos 10 assuntos mais comentados no Twitter, já no Instagram a skatista, foi a atleta que mais ganhou seguidores e gerou engajamento no planeta, segundo um levantamento próprio da plataforma. Outro atleta que demonstrou um grande carisma e ganhou muitos seguidores, foi o Douglas Souza da seleção de vôlei, que mostrou bastidores das olimpíadas de uma forma bastante descontraída, e com isso o atleta faturou mais de 1,4 milhões de novos seguidores, mais de 78% no Instagram, chamando atenção da Agência Mynd que trabalha com influenciadores digitais.

E como fazer com que isso tudo dê certo? Dentro desse universo, as marcas também “surfaram a onda” dos jogos, segundo o Twitter, as 10 marcas mais comentadas na plataforma foram: Havaianas, XP, Netflix, Google, Red Bull, Oi, MRV, Coca-Cola, Magazine Luiza e Vivo, muitas delas parceiras do Time Brasil ou que investiram em patrocínio nos canais da Globo, detentora da transmissão dos jogos.

O momento é de aprender com estes fatos e criar projetos que possam garantir entregas para os fãs e principalmente para as marcas e aproveitar essas oportunidades que os jogos e o mercado. Atletas e modalidades precisam de boas ideias e pessoas qualificadas e engajadas em mostrar o caminho, principalmente apostando no digital como ferramenta de comunicação, por isso acreditamos que esses 3 pontos se entrelaçam e são a trinca perfeita.

Ressaltamos que essa é uma grande oportunidade para você que quer um espaço no mercado de marketing esportivo, então, hora de arregaçar as mangas e ir ao trabalho!

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